E os ventos que se empurravam pra lá e pra cá repousaram sobre aquela casa para observar o garoto. Estava triste. Na sua cabeça estava complicado achar alguma explicação para os problemas que enfrentava. Tudo estava tão difícil, ambiente familiar, escola, era sozinho. Algumas vezes ia ao banheiro para chorar e para que ninguém visse pois achavam que ele era o forte da casa. Ledo engano.
Mas na sua cabeça tinha a certeza de que algum dia as coisas iam mudar e ele faria o que estivesse ao seu alcance para que isso acontecesse.
E o tempo passou e os mesmos ventos a perambular passaram e reconheceram o garoto. Havia mudado mesmo. Esta alegre. Uma pessoa melhor. Encara o que tiver pela frente. Pode até levar porrada. Cambaleia e se cair levanta mais forte. Erra ainda. Continua teimoso. Encontrou algumas respostas ...
E hoje quando levantei ventava muito em Curitiba.
"Não deixe portas entreabertas. Escancare-as ou bata-as de vez. Pelos vãos, brechas e fendas passam apenas semiventos, meias verdades e muita insensatez."
Cecília Meireles
Preciso fechar algumas portas e outras escancarar. Só assim vou aproveitar melhor as oportunidades de felicidade.
Ontem. Onze meses enamorado. Parece que foi ontem. A cada dia fico mais bobo. E a reciprocidade é absurda. Que venham mais meses ...
Agora reencontrei o caminho e voltei a escrever. O meu cantinho aqui, que curto tanto, estava bem abandonado. Juntando teias de aranha. Me desculpem !