Abri a porta, demoli um pedaço do meu muro e rapidinho apareceu alguém curioso para saber o que eu escondia. Não escondia nada. Me escondia. E chegou com tanta sutileza que me apaixonei. Decidi que está na hora de me entregar, tentar sem medo. Mesmo que eu me foda.
E não tive receio em chegar junto e falar. Não me preocupei com a reação. O que me importou naquele momento era saber se tinha encontrado o alguém com quem poderia dividir minhas neuras e, claro, a cama. Por enquanto a vida está com um sorriso bem largo para mim e eu, adorando e aproveitando. Não sei quanto tempo vai durar porque algumas pedrinhas apareceram mas que, se para mim são ruins, para ele serão muito boas e eu que gosto dele, quero o melhor para a criaturinha.
Se a porta foi aberta para alguns, esta cerrada para outros e, dificilmente, volto a abrir. Quero que me esqueçam. Meus momentos de alegria serão divididos com poucos mesmo.