Assim ... Costumo comparar a vida a uma estrada. Esta estrada tem trechos asfaltados, fáceis de serem transpostos e outros bastante pedregosos, difíceis e até mesmo impossíveis de encarar. Daqueles bem foda. Em qualquer um dos trechos encontro pessoas, as minhas paisagens, únicas. Cada uma pela qual passo levo um pouquinho dela e deixo um pouco de mim, um carinho, uma lembrança, um aconchego, um pouco das minhas emoções, do coração.
Há aqueles trechos nos quais paro, quase me estabeleço. Vivo intensamente. Me divirto e, é claro, sofro. E muito. Sofro porque me entrego, me deixo levar e demoro muito para perceber quando só estou sendo usado. E quando percebo isso me fodo. Quando isso acontece é que um trecho dito no filme se encaixa perfeitamente - o cara (não foi com ele que me identifiquei ...) diz: "Não se joga nada fora que não esteja completamente morto." Porra, se não sirvo nos momentos bons e só presta atenção em mim quando precisa de algo, me deixa ir. Deixa eu seguir meu trecho. Mas aos poucos estou conseguindo perceber as coisas, aprendendo e sigo em frente. Nem que seja aos trancos. Não estou morto para ser jogado fora. Ao contrário ...