sábado, 18 de agosto de 2012

Somos instantes ...

Esta semana assisti um filme e, acredito, já conhecido de muita gente - Latter days. Adorei, me sensibilizei e me identifiquei com um personagem.
Assim ... Costumo comparar a vida a uma estrada. Esta estrada tem trechos asfaltados, fáceis de serem transpostos e outros bastante pedregosos, difíceis e até mesmo impossíveis de encarar. Daqueles bem foda. Em qualquer um dos trechos encontro pessoas, as minhas paisagens, únicas. Cada uma pela qual passo levo um pouquinho dela e deixo um pouco de mim, um carinho, uma lembrança, um aconchego, um pouco das minhas emoções, do  coração.
Há aqueles trechos nos quais paro, quase me estabeleço. Vivo intensamente. Me divirto e, é claro, sofro. E muito. Sofro porque me entrego, me deixo levar e demoro muito para perceber quando só estou sendo usado. E quando percebo isso me fodo. Quando isso acontece é que um trecho dito no filme se encaixa perfeitamente - o cara (não foi com ele que me identifiquei ...) diz: "Não se joga nada fora que não esteja completamente morto." Porra, se não sirvo nos momentos bons e só presta atenção em mim quando precisa de algo, me deixa ir. Deixa eu seguir meu trecho. Mas aos poucos estou conseguindo perceber as coisas, aprendendo e sigo em frente. Nem que seja aos trancos. Não estou morto para ser jogado fora. Ao contrário ... 


Bem, por enquanto ... To por aqui e só ...

5 comentários:

  1. lindo texto, menino, vc tem uma sensibilidade rara, de fato.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado mas nem sempre fui assim. Cansei de esconder ... Abraço !!

      Excluir
  2. O bom de caminhar por essa estrada – mesmo com seus trechos pedregosos - é que, em cada curva, você pode descobrir uma nova ‘paisagem’, descortina-se um novo horizonte... e isso enche o caminhar de vida!
    Lendo esse poema de Cecília Meirelles lembrei-me de você.

    No alto da montanha, já quase chuvosa
    o velhinho passa
    metade entre as nuvens, metade entre as ervas
    com um ramo verde nas mãos gastas.

    Que pensa, que sente, que faz, que destino
    é o seu, nesta altura,
    cercado de rochas, calado e sozinho,
    cercado de nuvens?

    E o ramo que leva, tão verde, na tarde
    cinzenta e pesada,
    a que primaveras irá conduzindo
    seu corpo ou sua alma?

    Para muito longe, muito longe, passa.
    Monte sobre monte,
    vai-se andando sempre, sempre há um ramo verde,
    e depois um largo horizonte.

    Um abração e tenha uma boa semana!






    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Então ... Sempre me pergunto que destino é o meu. E vou continuar caminhando em busca dos meus ramos verdes e tentando enxergar o horizonte mas estou muito, muito mesmo, querendo parar. Obrigado por lembrar de mim. Abraços !!

      Excluir
  3. Dizer mais o quê? Tu já disse tudo! Hugz, man!

    ResponderExcluir